Querido Blog, desculpa pelo abandono recente, mas acredite, isso é justificável. Só que como isso também não é culpa sua, não vou abusar de você nem te encher o saco. Prá isso tenho outro Blog. Em todo o caso, deixa eu te falar sobre um deck que virou meu xodó. Era pra ser o meu primeiro deck de controle, mas, só pra variar um pouco, virou um deck de beatdown bem porrada ...
Tudo começou quando eu fui fuçar em uma lojinha de cartas e encontrei no meio do refugo três Clarão do Éter. Fiquei embasbacado porque esse é o tipo de carta com a qual que queria trabalhar, fazer coisas diferentes, cair fora do velho esquema de criaturinha, bomba criaturinha, abre defesa, porrada com criaturinha bombada e criaturona. Esse é o meu estilo de jogo, mas haja né? Quantos decks eu já fiz assim? Pois é ... e lá estava eu com uma carta vermelha que parece ser muito mais eficiente contra a própria cor do que contra o branco e o azul. Já tentou usar goblins com um Clarão em Jogo? Acredite, dói. Mas, como eu gosto de desafios, vá lá, peguei as cartas por uns 10 centavos cada, baratas por serem de Alísios e o pessoal da loja não entender nada ... Cada um deles chega a custar 2 reais por ai, e a carta é válida no Extended, uma vez que foi reeditada nas Sexta e Sétimas Edições. Só não comemorei a pechincha mais por conta de uma pequena pergunta que continuava martelando na minha cabeça ... o que fazer com aquelas cartas?
Quando cheguei em casa querido Blog, nenhuma revelação impressionante apareceu na minha cabeça. Peguei algumas cartas que eu gostava e que nunca conseguia usar e fiquei pensando em como elas combinariam ... A coisa mais óbvia que se pode fazer com o Clarão é usá-lo com criaturas grandes. Se vou usar criaturas grandes, preciso de formas para acelerar meu mana. Se vou acelerar meu mana, porque não usar ao menos um “X Spell”? E assim foi. Nas primeiras partidas, o meu rascunho de deck realizou alguns bons ataques e fez o seu trabalho se aproveitando daquele ponto morno no meio das partidas onde o seu oponente esta sem cartas na mão. A aceleração de mana possibilitava que uma das três cópias do Clarão fosse baixada rapidamente caso aparecesse, o que somado a alguns “X Spells” como Trovoada Ribombante se traduzia numa mesa limpa, só aguardando um Elemental das Chamas aparecer e completar o serviço com algun ataques. Bom, mas ainda faltava mais. Eu sabia que aquelas três cartas podiam fazer mais, e, em menos de uma semana, montei um dos meus decks mais baratos e eficientes! Tô orgulhoso Blog!
Sobreviventes !
4 Barreira de Aço
4 Rede de Trepadeiras
4 Puma de Dentes de Carvão
4 Tremor
4 Flamejar
4 Jornada de Descoberta
3 Clarão do Éter
3 Trovoada Ribombante
3 Elemental do Fogo
3 Fangren Desbravador
2 Rito de Passagem
1 Elemental Subterrâneo ( a ser substituído por uma Besta Ígnea Cinérea )
1 Elemental do Tornado
12 Montanhas
8 Florestas
Rito de Passagem caiu como uma luva nesse deck. Já que minhas criaturas vão tomar dano assim que entrarem, nada mais justo que elas se beneficiem com isso. Aliás, com Ritos de Passagem eu posso ter duas cópias do Clarão em jogo. Logo após a primeira cópia causar dano a uma criatura de resistência 4, ela ganha, um contador +1/+1, podendo receber com alguma tranqüilidade mais dois pontos de dano do segundo Clarão. O mesmo ocorre com Tremor, que faz apenas cócegas na maioria das minhas criaturas. Agora, curiosamente, uma das cartas mais úteis do deck é a também menosprezada Flamejar. Se eu pudesse usar oito dessas coisinhas no baralho, eu pensaria sinceramente em fazer isso. Tá certo que sozinha ela não faz nada, mas o fato dela não usar alvos, e poder causar muito dano em muitas criaturas por apenas um mana é demais! Um Anjo Serra sobreviveria a um Clarão. Não com um Flamejar bem aplicado! Por apenas dois manas vermelhos eu posso causar 3 pontos de dano a cada criatura que não voe, usando Tremor e Flamejar. E posso ainda multiplicar o dano de uma Trovoada Ribombamte! Por exemplo, se eu precisar destruir uma criatura de poder cinco e três com poder três com uma Trovoada, eu “só” preciso de 9 manas, ao invés de 16.
O meu deck preferido durante muito tempo ainda vai ser o Ímpeto querido Blog, qualquer dia eu falo dele, mas o “Sobreviventes!” me ensinu como é importante que todas as cartas de um deck falem entre si e se entendam. Tô tão feliz Blog ...
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