Eu vou tentar algo diferente hoje ... Vou tentar montar um deck que não use vermelho. E acredite, em dez anos jogando Magic, essa é uma das primeiras vezes que eu faço isso. Na verdade, só estou tentando, vejam bem, tentando, fazer isso para ver se melhoro como jogador. Embora eu não ache que seja possível ser um bom jogador de Magic se você não incinera as coisas ...
Mas vá lá ... A idéia é a seguinte, quebrar a simetria de boas cartas verdes e brancas. Quando você usa coisas como Obliterar ( sem vermelho, droga! ) quer dizer, Cólera de Deus, todas as suas criaturas e de seus oponentes vão pro espaço. O mesmo com Armageddon, Novas Fronteiras e Nascimento Interplanar. Os efeitos são os mesmos para todos os jogadores, o que causa uma simetria. Pra quem não sabem algo é simétrico quando é idêntico em ambos os lados. Essa simetria é o que torna a carta balanceada e usável. Se uma carta dessas afetasse apenas um oponente, ela teria de custar muito mais. Exemplo? Veja o custo de Onda de Chamas.
Isso não significa que essa simetria não possa ser burlada ... Cólera de Deus e criaturinhas baratas são uma combinação clássica, e Nascimento Interplanar faz um combo ultra manjado com Anjo das Penas de Cobre. Mas isso é só arranhar a questão. Quebrar a simetria é algo mais ou menos assim ...
Uns com tantos, outros ...
3 Novas Fronteiras
3 Armageddon
3 Nascimento Interplanar
2 Fundição de Almas
2 Fecundidade
3 Tormod’s Crypt
3 Despertar do Mirari
3 Manto do Paraíso
3 Pioneiro Élfico
4 Elfos de Llanowar
4 Falcão da Cauda Solar
3 Anjo das Penas de Cobre
4 Armadura de Guerra Enxertada
10 Florestas
10 Planícies
O deck tem várias maneiras de ganhar, mas o combo que realmente quebra a simetria é o seguinte. Use Novas Fronteiras, mas, de preferência, deixe mana suficiente flutuando para acionar Armageddon e Nascimento Interplanar. O detalhe chato no entanto é que antes de baixar o Nascimento você remove o cemitério de seu oponente com a Cripta de Tormod. Conclusão, seu oponente não tem mais terrenos no cemitério para retornar ao jogo. Alias, não tem mais nem cemitério. Fundição de Almas esta no deck para suprir a falta de criaturas, e também porque se você tiver uma Fecundidade em jogo e uma Armadura de Guerra Enxertada, mais um bom número de criaturas, você pode quase simular o efeito da Pinça Craniana, e ainda gerar bons atacantes e defensores. O deck pode parecer meio sem graça, afinal, dificilmente um oponente cairia no truque de procurar terrenos só para serem detonados mais de uma vez, mas isso também quebra a simetria. Se ele não procurar terrenos, bom, você faz isso sozinho com Novas Fronteiras e não usa o Armageddon. Com tanto mana, não seria má idéia arranjar espaço em um side-board para um Fluxo de Vida ou outra coisa que use muito mana. Tipo aquelas bolas incandescentes que tostam coisas ...
Hum ... até que foi interessante ... mas ainda estou sentindo falta de cheiro de queimado ...
Relatos, decks, combos e opiniões de quem joga Magic The Gathering(tm) só para se divertir. Uptades todas as terças e quintas a noite.
segunda-feira, setembro 20, 2004
terça-feira, setembro 14, 2004
Querido Blog, desculpa pelo abandono recente, mas acredite, isso é justificável. Só que como isso também não é culpa sua, não vou abusar de você nem te encher o saco. Prá isso tenho outro Blog. Em todo o caso, deixa eu te falar sobre um deck que virou meu xodó. Era pra ser o meu primeiro deck de controle, mas, só pra variar um pouco, virou um deck de beatdown bem porrada ...
Tudo começou quando eu fui fuçar em uma lojinha de cartas e encontrei no meio do refugo três Clarão do Éter. Fiquei embasbacado porque esse é o tipo de carta com a qual que queria trabalhar, fazer coisas diferentes, cair fora do velho esquema de criaturinha, bomba criaturinha, abre defesa, porrada com criaturinha bombada e criaturona. Esse é o meu estilo de jogo, mas haja né? Quantos decks eu já fiz assim? Pois é ... e lá estava eu com uma carta vermelha que parece ser muito mais eficiente contra a própria cor do que contra o branco e o azul. Já tentou usar goblins com um Clarão em Jogo? Acredite, dói. Mas, como eu gosto de desafios, vá lá, peguei as cartas por uns 10 centavos cada, baratas por serem de Alísios e o pessoal da loja não entender nada ... Cada um deles chega a custar 2 reais por ai, e a carta é válida no Extended, uma vez que foi reeditada nas Sexta e Sétimas Edições. Só não comemorei a pechincha mais por conta de uma pequena pergunta que continuava martelando na minha cabeça ... o que fazer com aquelas cartas?
Quando cheguei em casa querido Blog, nenhuma revelação impressionante apareceu na minha cabeça. Peguei algumas cartas que eu gostava e que nunca conseguia usar e fiquei pensando em como elas combinariam ... A coisa mais óbvia que se pode fazer com o Clarão é usá-lo com criaturas grandes. Se vou usar criaturas grandes, preciso de formas para acelerar meu mana. Se vou acelerar meu mana, porque não usar ao menos um “X Spell”? E assim foi. Nas primeiras partidas, o meu rascunho de deck realizou alguns bons ataques e fez o seu trabalho se aproveitando daquele ponto morno no meio das partidas onde o seu oponente esta sem cartas na mão. A aceleração de mana possibilitava que uma das três cópias do Clarão fosse baixada rapidamente caso aparecesse, o que somado a alguns “X Spells” como Trovoada Ribombante se traduzia numa mesa limpa, só aguardando um Elemental das Chamas aparecer e completar o serviço com algun ataques. Bom, mas ainda faltava mais. Eu sabia que aquelas três cartas podiam fazer mais, e, em menos de uma semana, montei um dos meus decks mais baratos e eficientes! Tô orgulhoso Blog!
Sobreviventes !
4 Barreira de Aço
4 Rede de Trepadeiras
4 Puma de Dentes de Carvão
4 Tremor
4 Flamejar
4 Jornada de Descoberta
3 Clarão do Éter
3 Trovoada Ribombante
3 Elemental do Fogo
3 Fangren Desbravador
2 Rito de Passagem
1 Elemental Subterrâneo ( a ser substituído por uma Besta Ígnea Cinérea )
1 Elemental do Tornado
12 Montanhas
8 Florestas
Rito de Passagem caiu como uma luva nesse deck. Já que minhas criaturas vão tomar dano assim que entrarem, nada mais justo que elas se beneficiem com isso. Aliás, com Ritos de Passagem eu posso ter duas cópias do Clarão em jogo. Logo após a primeira cópia causar dano a uma criatura de resistência 4, ela ganha, um contador +1/+1, podendo receber com alguma tranqüilidade mais dois pontos de dano do segundo Clarão. O mesmo ocorre com Tremor, que faz apenas cócegas na maioria das minhas criaturas. Agora, curiosamente, uma das cartas mais úteis do deck é a também menosprezada Flamejar. Se eu pudesse usar oito dessas coisinhas no baralho, eu pensaria sinceramente em fazer isso. Tá certo que sozinha ela não faz nada, mas o fato dela não usar alvos, e poder causar muito dano em muitas criaturas por apenas um mana é demais! Um Anjo Serra sobreviveria a um Clarão. Não com um Flamejar bem aplicado! Por apenas dois manas vermelhos eu posso causar 3 pontos de dano a cada criatura que não voe, usando Tremor e Flamejar. E posso ainda multiplicar o dano de uma Trovoada Ribombamte! Por exemplo, se eu precisar destruir uma criatura de poder cinco e três com poder três com uma Trovoada, eu “só” preciso de 9 manas, ao invés de 16.
O meu deck preferido durante muito tempo ainda vai ser o Ímpeto querido Blog, qualquer dia eu falo dele, mas o “Sobreviventes!” me ensinu como é importante que todas as cartas de um deck falem entre si e se entendam. Tô tão feliz Blog ...
Tudo começou quando eu fui fuçar em uma lojinha de cartas e encontrei no meio do refugo três Clarão do Éter. Fiquei embasbacado porque esse é o tipo de carta com a qual que queria trabalhar, fazer coisas diferentes, cair fora do velho esquema de criaturinha, bomba criaturinha, abre defesa, porrada com criaturinha bombada e criaturona. Esse é o meu estilo de jogo, mas haja né? Quantos decks eu já fiz assim? Pois é ... e lá estava eu com uma carta vermelha que parece ser muito mais eficiente contra a própria cor do que contra o branco e o azul. Já tentou usar goblins com um Clarão em Jogo? Acredite, dói. Mas, como eu gosto de desafios, vá lá, peguei as cartas por uns 10 centavos cada, baratas por serem de Alísios e o pessoal da loja não entender nada ... Cada um deles chega a custar 2 reais por ai, e a carta é válida no Extended, uma vez que foi reeditada nas Sexta e Sétimas Edições. Só não comemorei a pechincha mais por conta de uma pequena pergunta que continuava martelando na minha cabeça ... o que fazer com aquelas cartas?
Quando cheguei em casa querido Blog, nenhuma revelação impressionante apareceu na minha cabeça. Peguei algumas cartas que eu gostava e que nunca conseguia usar e fiquei pensando em como elas combinariam ... A coisa mais óbvia que se pode fazer com o Clarão é usá-lo com criaturas grandes. Se vou usar criaturas grandes, preciso de formas para acelerar meu mana. Se vou acelerar meu mana, porque não usar ao menos um “X Spell”? E assim foi. Nas primeiras partidas, o meu rascunho de deck realizou alguns bons ataques e fez o seu trabalho se aproveitando daquele ponto morno no meio das partidas onde o seu oponente esta sem cartas na mão. A aceleração de mana possibilitava que uma das três cópias do Clarão fosse baixada rapidamente caso aparecesse, o que somado a alguns “X Spells” como Trovoada Ribombante se traduzia numa mesa limpa, só aguardando um Elemental das Chamas aparecer e completar o serviço com algun ataques. Bom, mas ainda faltava mais. Eu sabia que aquelas três cartas podiam fazer mais, e, em menos de uma semana, montei um dos meus decks mais baratos e eficientes! Tô orgulhoso Blog!
Sobreviventes !
4 Barreira de Aço
4 Rede de Trepadeiras
4 Puma de Dentes de Carvão
4 Tremor
4 Flamejar
4 Jornada de Descoberta
3 Clarão do Éter
3 Trovoada Ribombante
3 Elemental do Fogo
3 Fangren Desbravador
2 Rito de Passagem
1 Elemental Subterrâneo ( a ser substituído por uma Besta Ígnea Cinérea )
1 Elemental do Tornado
12 Montanhas
8 Florestas
Rito de Passagem caiu como uma luva nesse deck. Já que minhas criaturas vão tomar dano assim que entrarem, nada mais justo que elas se beneficiem com isso. Aliás, com Ritos de Passagem eu posso ter duas cópias do Clarão em jogo. Logo após a primeira cópia causar dano a uma criatura de resistência 4, ela ganha, um contador +1/+1, podendo receber com alguma tranqüilidade mais dois pontos de dano do segundo Clarão. O mesmo ocorre com Tremor, que faz apenas cócegas na maioria das minhas criaturas. Agora, curiosamente, uma das cartas mais úteis do deck é a também menosprezada Flamejar. Se eu pudesse usar oito dessas coisinhas no baralho, eu pensaria sinceramente em fazer isso. Tá certo que sozinha ela não faz nada, mas o fato dela não usar alvos, e poder causar muito dano em muitas criaturas por apenas um mana é demais! Um Anjo Serra sobreviveria a um Clarão. Não com um Flamejar bem aplicado! Por apenas dois manas vermelhos eu posso causar 3 pontos de dano a cada criatura que não voe, usando Tremor e Flamejar. E posso ainda multiplicar o dano de uma Trovoada Ribombamte! Por exemplo, se eu precisar destruir uma criatura de poder cinco e três com poder três com uma Trovoada, eu “só” preciso de 9 manas, ao invés de 16.
O meu deck preferido durante muito tempo ainda vai ser o Ímpeto querido Blog, qualquer dia eu falo dele, mas o “Sobreviventes!” me ensinu como é importante que todas as cartas de um deck falem entre si e se entendam. Tô tão feliz Blog ...
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